PAULO ROBERTO PALHANO SILVA, é nascido em Natal em 29 de agosto de 1960, tendo como
genitores o veterinário NIVALDO AGENOR
DA SILVA (in memoria) e a educadora MARIZA
PALHANO SILVA (in memoria).
A sua infância ocorreu no município de São José de Mipibu –
Rio Grande do Norte, onde curso o primário no Instituto Pio XII, cuja diretora
era a sua tia Professora . Elita Palhano. Frequentou aos sábados, as atividades da
Cruzada Eucarística, cuja coordenadora era sua tia Eusa Palhano; e aos
domingos, sempre participava dos batizados e das missas com Mons. Antônio
Barros, ao qual dedicou-se como coroinha. Tomar banho de rio, lagoas, andar
pelas matas, eram atividades prediletas
Na madrugada de 04.11.1972, perde seu querido pai, vítima de
aneurisma cerebral. Era o fim das jornadas para auxiliar o homem que amava
cuidar dos animais. Porém, sua paixão pelo campo, continuou forte, pois
aprendeu a amar a terra, com seus avôs, especialmente, paternos lhes ensinaram.
Bem como, gostava de brincar nos quintas, sempre com a orientação da sua avó
materna Joaquina Palhano, Quina.
Na Juventude ingressou no Grupo de Jovens Juventude Integrada
Mipibuense, onde aprendeu noções de teatro, chegando a ser ator principal das
peças, inclusive Paixão de Cristo. Percorreu campos e cidades, becos, periferia
das cidades do Agreste Potiguar. Na Pastoral de Juventude do Meio Popular foi
eleito para ser da Coordenação do Interior da PJMP no âmbito da Arquidiocese de
Natal, onde com Padre Sabino Gentille coordenava mais de 200 grupos de jovens.
Em seguida, nova eleição: desta feita foi eleito para a Comissão da PJMP do
Regional Nordeste II da CNBB, que congregada as dioceses de RN, PB, PE e AL,
assessorado por Dom Marcelo Pinto Cavaleiras (Diocese de Guarabira e
Arquidiocese de João Pessoa) e do teólogo Domingos Corcione. Aos 15 anos já
havia percorrido o Nordeste do Brasil, pois era consagrado militante popular da
Pastoral de Juventude do Meio Popular que ajudou a fundar em (1974). Mesmo
diante da relevante representação pastoral que lhes foi ortogada, nunca deixou
de cultiva o aconchego do seu núcleo familiar
materno e paterno, inclusive em suas férias deleitava-se do
aconchego da sua Avó paterna Joana Dark na fazenda da Boa Cida, além deliciosa
relação com sua com sua mãe e irmãos nos veraneios na Praia de Barreta, Nísia
Floresta - RN. Palhano incorporou a percepção de Antônio Gramsci: “Instrui-vos
porque teremos necessidade de toda vossa inteligência. Agitai-vos porque
teremos necessidade de todo vosso entusiasmo. Organizai-vos porque teremos
necessidade de toda vossa força”. (GRAMSCI, A., Ordine Nuovo, Einaudi, 1987).
Por causa da sua militância na PJMP, emergiu naturalmente, um
convite para estudar no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e
Social, sediado na rua Bambina, Rio de Janeiro - Ibrades vinculado a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Ao retornar para o RN,
recebeu o convite para trabalhar profissionalmente na Equipe do Movimento de
Educação de Base – MEB, onde as atividades giravam em torno da alfabetização
dos camponeses, sindicalização rural e produção de material didático. Após 03
anos, outro chamado: desta feita, advindo do Serviço de Assistência Rural –
SAR, um organismo da Arquidiocese de Natal, coordenado pelo Bispo Dom Antônio
Soares Costa (in memoria). A ação pastoral voltava-se para os núcleos de
camponeses que viviam ameaçados pelos grileiros de terra, bem como,
assessorando-os nas áreas de assentamentos rurais que começavam a emergir e
junto as oposições sindicais rurais. Era a Educação Política para que homens e
mulheres fossem fortalecidos em seus direitos a terem direitos. Muitas outras
ações ocorreram, como: o acompanhamento aos desabrigados pela Barragem
Engenheiros Armando Ribeiro Gonçalves (São Rafael e JucuruRN); a organização
das Mulheres Camponesas; as Campanhas Salarias dos trabalhadores da
Cana-de-açúcar; além, de produzir material didático e programas radiofônicos na
Rádio Rural de Natal. Como disse Hannah Arendt: “A essência dos Direitos
Humanos é o direito a ter direitos” (ARENDT, 1989, p. 332)
Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, seguindo o
rumo educacional, conquistou o acesso via vestibular, na Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, onde foi certificado no curso de Ciências Sociais,
sendo habilitado como Bacharel em Sociologia (1995).
Reinou em sua compreensão os caprichos de sua mãe, Mariza
Palhano Silva cuja orientação visava que continuassem nos estudos. Ela, estava
completamente certa: era preciso aprofundar os conhecimentos acadêmicos. E,
assim, seguiu no exercício educativo acessando o Mestrado em Sociologia, sendo
habilitado em Política e Desenvolvimento Regional (1999). No doutorado (2004),
foi titulado na Pós-graduação em Educação, e qualificou-se como bolsista
Pró-doc, quando ministrou aulas na graduação de Pedagogia e pós-
graduação para mestrandos e doutorandos de Educação
notadamente no Campus de Natal; Manteve a sincronia, ao aceitar, coordenar o
Programa de Alfabetização Solidária nos municípios de Santo Antônio (20
turmas), São José de Campestre (10 turmas), Parazinho (10 turmas) e João Câmara
(20 turmas); nesse tempo, ministrou aulas de sociologia da educação nos Campus
Polos de Macau e São José de Campestre, onde a UFRN se faz presente na formação
de educadores.
Na University Saint Demi - Paris 8 – França, realizou o
estágio no Laboratório de Pierre Bourdieu, onde conquistou o título de PhD.
Essa instituição francesa é consagrada por acolher educandos e
educadorespesquisadores advindos para além de Paris, especialmente os
latinoamericanos.
No Serviço Público estadual, atuou na Secretaria de Educação
e Cultura do Estado do Rio Grande do Norte, tendo servido na unidade do
Subcoordenadora do Ensino Supletivo; e no Instituto de desenvolvimento do Meio
Ambiente.
No Serviço Público Federal, em 09.09.2009, assumiu o cargo de
docente, por ter aprovado em Concurso Público de Provas e Títulos para
dedicar-se ao Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão na Universidade Federal da
Paraíba, encontra-se vinculado ao Centro de Ciências Aplicadas e Educação, no
Departamento de Educação, onde atua nas Licenciaturas dos Cursos de Pedagogia,
Letras, Secretariado Executivo Bilíngue, Ciência da Computação e Matemática.
Pelo compromisso institucional, aceito e assume a Assessoria de Assuntos
Institucionais do CCAE-UFPB (2023-2027).
Na academia universitária, ao participar de avaliação de
professores que haviam concluído a Especialização em Ensino de Jovens e
Adultos, resolve com outros pares, fundar em 10.10.2010, o Grupo de Estudos em
Educação, Etnia e Economia Solidária – GEPeeeS, do qual é o líder, sendo esse
organismo reconhecido pela Capes/CNPq.
Na contemporaneidade, segue sua carreira exitosa da docência,
tendo por seu mérito conquistado ser Professor Associado 3 (três) na UFPB. Pela
experiência adquirida, por ter trajetória desde a juventude junto aos
movimentos sociais, passou a compor através do voto universal, a atual
Diretoria da Associação dos Docentes da UFPB, assumindo como Diretor Sindical
na Unidade do CCAE, onde desenvolve associações associativas, mobilizadoras e
de formação.
Atuante como Membro Fundador da Academias de Ciências, Letras
e Artes do Vale do Mamanguape – Alca, assumindo a Cadeira de número 20, tendo
como Patrono Vicente Elias Soares; da Academia Sapeense de Ciências Letras e
Artes, assumindo a Cadeira de número 15, tendo como Patrono José Costa Leite –
homem cordelista, talhador e poeta; da Academia Paulo Freire do Rio Grande do
Norte; e da Academia Paulo Freire na UFPB, em processo de finalização. Fundou,
diante da demanda de comunicação em 10.10.2010, a Rádio Web Universitária
Litoral Norte, que funcional no interior da pequena sala 13, situada no 1º Anda
da Unidade de Mamanguape do CCAE – UFPB. Não é apenas um veículo de
comunicação, mas de formação da juventude universitária, bem como presta
serviços de comunicação a comunidade universitária e aos movimentos sociais do
Vale do Mamanguape.
Recebeu na sua trajetória na Paraíba os títulos de cidadãos
das Câmaras de Vereadores de: 1º Jacaraú; 2. Rio Tinto; 3. Baia da Traição; 4.
Itapororoca; 5. Mamanguape; além da Votos de Aplausos das Câmaras de Vereadores
de Sapé, Rio Tinto – PB; bem como, dos votos de aplausos das Câmaras de São
José de Mipibu e Natal; Loja Maçônica Comendador Arthur Lundgren – Rio Tinto;
Elo Cidadão da UFPB; Certificado de Reconhecimento do Movimento Negro de Sapê.
Em tempo: tais homenagens partiram de uma pluralidade política. Assim, como
Pierre Bourdieu percebeu a noção da política ao escrever a “La délégation et le
fetichisme politique” (1984), “A representação política. Elementos para uma
teoria do campo político” (2012), onde o “habitus” torna-se é fundamental na
noção na percepção política dos sujeitos, visto que é um organizador dos
princípios de percepções de mundo. Na trajetória política de Palhano Silva na
Paraíba percebe-se um desinlinhar e desaninhar com as tramas perversas da
política conservadora, alienante e retrograda, e um alinhamento com ambiente da
pura política, tendo predileção e práticas nos ambientes com a marca da
esquerda política.
Instalado nas terras indígenas do Vale do Mamanguape na
Paraíba há 14 anos, ou seja, morando em Mamanguape (3 anos) e Rio Tinto (11
anos), onde passa de 3ª feira ao sábado, lidando com a educação e movimentos
sociais. Tem dedicação exclusiva a UFPB, e em especial, junto as populações dos
12 municípios da micro região do Vale do Mamanguape – Mamanguape, Rio Tinto,
Marcação, Baia da Traição, Mataraca, Jacaraú, Lagoa de Dentro, Pedro Regis,
Itapororoca, Cuité de Mamanguape, Capim e Curral de Cima; e noutros 09
municípios da micro região de Sapé – Sapé, Sobrado, Mari, Juripiranga, Pilar,
Riachão do Poço, São José dos Ramos, São Miguel de Taipu.
FONTE – ASSMBLEIA LEGISLATIVA DA PARAÍBA
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